O marketplace pode ser a solução para quem está pensando em vender online mas não sabe por onde começar.
Esse modelo de negócio digital é vantajoso tanto para quem empreende no comércio tradicional e pensa em diversificar as plataformas quanto para quem vê uma oportunidade de começar no ramo.
De qualquer forma, para ter bons resultados, é fundamental conhecer as nuances desse segmento em franca expansão.
Sendo assim, não deixe de ler os próximos tópicos e saiba como explorar o que os marketplaces oferecem de melhor.
O que é marketplace?
De certa forma, um marketplace é uma espécie de “shopping virtual”.
Naquele ambiente, uma única plataforma hospeda diferentes lojas online, que podem ser de segmentos variados entre si ou especializados em apenas um nicho.
Como veremos neste texto, o mercado brasileiro está repleto de marketplaces de sucesso e que funcionam como verdadeiras vitrines para quase todo tipo de empreendimento.
Veja a seguir o que diferencia um marketplace de um comércio eletrônico nos moldes convencionais.
Diferença entre e-commerce e marketplace
A principal diferença entre e-commerce e marketplace é a responsabilidade atribuída ao lojista.
No e-commerce, é a própria marca que assume a frente de todas as operações, desde a estratégia de negócios, vendas, marketing e logística de entrega.
Sendo assim, em um e-commerce tradicional só são encontrados produtos de uma única marca ou de um mesmo segmento, como esportes, moda feminina, etc.
Já no marketplace, cabe à empresa que controla a plataforma cuidar de toda a parte logística junto às marcas, ficando a cargo do lojista a criação da loja e a gestão das vendas.
Como funciona o marketplace
Na prática, o marketplace funciona como se fosse um intermediário.
Digamos, por exemplo, que você abre dentro de um marketplace uma loja de produtos eletrônicos.
Quando uma venda é realizada, a plataforma envia o pedido para a marca que fornece o produto solicitado.
O fornecedor deverá cuidar de toda a operação de entrega, inclusive a last mile.
Resumindo, o seu trabalho será basicamente expor as mercadorias, cuja responsabilidade pela entrega caberá à marca, com o marketplace intermediando a operação.
Vale a pena vender em marketplace?
Se considerarmos o que dizem as estatísticas, com certeza vale a pena vender em um marketplace.
De acordo com a pesquisa Webshoppers 42ª edição, só no ano de 2020, eles foram responsáveis por nada menos do que 78% do faturamento de todo o comércio virtual no Brasil.
Vale destacar também uma pesquisa da Abcomm, na qual foram ranqueadas as categorias mais consumidas pelos brasileiros em compras online em 2020.
Teve categoria com o dobro de procura.
Veja as cinco que mais tiveram aumento em relação ao mesmo período no ano anterior:
- Beleza e perfumaria: faturamento de R$ 2,11 bilhões e crescimento de 107,4%
- Móveis: faturamento de R$ 2,51 bilhões e crescimento de 94,4%
- Eletroportáteis: faturamento de R$ 1,02 bilhão e crescimento de 85,7%
- Eletrônicos: faturamento de R$ 3,93 bilhões e crescimento de 68,4%
- Esporte e lazer: faturamento de R$ 1,57 bilhão e crescimento de 66,8%.
Vantagens
O modelo de marketplace é vantajoso porque tira das costas do lojista o peso das operações logísticas, sempre complexas e dispendiosas.
Além disso, em uma plataforma reconhecida e com muitos clientes já cadastrados, boa parte do esforço de marketing e divulgação pode ser poupado.
Isso sem contar a parte do estoque, que fica a cargo das marcas, o que livra o lojista de todas as operações e custos desse setor.
Desvantagens
Como todo modelo de negócio, o de marketplace também tem seus pontos menos favoráveis.
Uma das desvantagens é a questão da concorrência, muito maior em comparação com uma plataforma independente.
Além disso, embora confiáveis, as plataformas podem apresentar instabilidades.
Quando isso acontece, o lojista fica de mãos atadas, dependendo de uma solução para continuar a vender.
Quem pode vender em marketplace?
Outra vantagem de um marketplace é que, em geral, o processo de inscrição e cadastro de uma loja é relativamente simples.
Praticamente qualquer lojista em atividade pode se cadastrar facilmente para vender em um marketplace.
A maioria dos pré-requisitos você pode cumprir sem precisar sair de casa.
Quem ainda não tem, precisa primeiro obter um número no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), que pode ser na condição de Microempreendedor Individual (MEI).
O cadastro é feito online, pelo Portal do Microempreendedor, do governo federal.
Na hora de se cadastrar, é indispensável que o seu código na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) seja associado ao segmento varejista.
Na dúvida, vale consultar o site da Comissão Nacional de Classificação (Concla) do IBGE, buscando pelas atividades da divisão 47.
É possível ainda que o marketplace exija um capital social igual ou superior a R$ 1 mil.
Se você já tiver um CNPJ como MEI e seu capital social for inferior, pode alterá-lo também no Portal do Microempreendedor.
Por fim, precisará também estar apto a emitir notas fiscais.
Nesse caso, é bem provável que seja necessário fazer o registro na Junta Comercial e comprar uma assinatura digital.
Principais marketplaces do Brasil
Outro ponto positivo dos marketplaces é que o lojista toma emprestada a reputação de grandes cadeias de lojas do varejo, online e físico.
Nada mal, se levarmos em conta que, no início de um negócio, especialmente online, um dos principais desafios é superar a desconfiança do público.
Em um marketplace, sua loja terá meio caminho andado para conquistar credibilidade, bastando para isso apenas seguir as boas práticas comerciais e políticas da plataforma.
Dito isso, conheça a seguir quais são as principais do Brasil e de que maneira elas podem ajudar sua loja a crescer:
Magalu marketplace
Com um cadastro ativo de mais de 90 mil vendedores, o marketplace da Magazine Luiza oferece duas plataformas distintas.
Uma, para microempreendedores individuais, chamada Parceiro Magalu, e o marketplace convencional, voltado para lojistas mais estruturados.
Vale frisar que essa plataforma é uma das mais antigas no mercado, há 13 anos presente no portal de defesa do consumidor Reclame Aqui.
Na plataforma, a Magalu marketplace tem uma boa avaliação de reputação, com a quase totalidade das reclamações respondidas.
B2W marketplace
Um dos diferenciais do B2W Marketplace é que ele permite vender em três lojas simultaneamente: Submarino, Americanas e Shoptime.
Outra característica a ser destacada é a forma de cobrança, na qual o lojista só paga a plataforma se fizer uma venda.
Amazon marketplace
Maior marketplace do mundo, a Amazon também tem uma plataforma para lojistas brasileiros explorarem a modalidade.
Entre seus pontos fortes está o pós-venda, considerado um dos melhores de todos os marketplaces do mercado.
Prova disso é a manifestação dos clientes no Reclame Aqui, na qual a plataforma da Amazon ostenta avaliação considerada ótima.
Via Varejo marketplace
Assim como a B2W, o marketplace da Via Varejo permite vender em três lojas distintas: Ponto Frio, Casas Bahia e Extra.
Da mesma forma, o tráfego de pessoas nessa plataforma é gigantesco, batendo mais de 60 milhões de acessos por mês.
Cnova marketplace
Vale destacar que a Via Varejo foi adquirida pela empresa Cnova, a qual passou a ter os direitos sobre suas operações.
Portanto, ao ouvir falar desse marketplace, saiba que se trata também da Via Varejo.
Centauro marketplace
Focado em artigos esportivos, o marketplace da Centauro foi o 42º mais acessado do Brasil em setembro de 2021, segundo o ranking global de marketplaces da Netrica/E-commerce Brasil.
No ano de 2020, a Centauro adquiriu os direitos comerciais da Nike em território brasileiro, tornando-se assim a única distribuidora oficial da marca autorizada no país.
Vale destacar que a Centauro conta com um público estimado de mais de 5 milhões de usuários ativos em suas redes sociais.
Isso sem contar que, nesse marketplace, você poderá aproveitar as oportunidades geradas por um site com média de 15 milhões de visitantes únicos mensais.
AliExpress marketplace
Quando se trata de marketplace, nenhum supera o AliExpress, o maior do mundo nesse segmento.
Ele está presente em 190 países e essa penetração pode ser creditada à imensa capacidade logística de distribuição.
O AliExpress é o único marketplace internacional que garante entrega em até 7 dias no Brasil, por exemplo.
Uma tremenda vantagem que você pode explorar a seu favor.
Um ponto ainda mais positivo é o gigantesco catálogo de produtos, com mais 200 milhões de itens.
No Brasil, a AliExpress era o 10º site mais acessado em setembro de 2021, com uma média de 43 milhões de acessos mensais.
Também pesa a favor o fluxo de pagamentos facilitado.
Só na AliExpress, o lojista recebe os créditos pela venda em até 7 dias depois do produto ser recebido pelo cliente.
Para ficar ainda melhor, ele tem direito a fazer saques diários, se desejar.
Shopee marketplace
A Shopee é um marketplace fundado em 2015, em Singapura.
Inicialmente, concentrou suas operações no Sudeste Asiático, onde se tornou líder em seu segmento muito rapidamente.
Um fato interessante é que o Brasil foi o primeiro país fora dessa região para onde a marca expandiu suas operações.
Talvez isso explique as condições super facilitadas de ingresso de novos lojistas, que sequer precisam de CNPJ para vender.
Além disso, a Shopee trabalha com condições especiais e comissões atrativas:
- Política de comissionamento, com taxa fixa de 12% sobre o preço de cada produto vendido
- Teto de R$ 100 para a comissão cobrada pela plataforma, independentemente do valor da mercadoria
- Programa de frete grátis, com distribuição de cupons de isenção de custos com o transporte (é cobrada uma comissão adicional de 6% nesse caso).
Facebook marketplace
A maior rede social do mundo também tem um marketplace para chamar de seu.
Certamente a maior vantagem é que a única exigência para fazer parte é ter um perfil cadastrado.
Por outro lado, essa liberdade toda deixa poucas garantias.
Todo o processo de negociação, entrega e pós-venda fica por conta de quem vende.
Sendo assim, quem compra também assume alguns riscos, já que o Facebook não se responsabiliza pela procedência dos produtos.
Além disso, existem ainda alguns tipos de produtos cuja venda é proibida no marketplace do Facebook:
- Animais
- Assinaturas ou produtos digitais
- Bebidas alcoólicas
- Dispositivos para transmitir ou viabilizar transmissões de conteúdo digital de maneira não autorizada
- Medicamentos
- Suplementos.
Para pessoas físicas, a publicação dos anúncios é simples e direta.
Basta acessar o ícone do marketplace, localizado na parte de cima da tela principal, inserir os dados dos produtos, fotos, região e já está feito.
Caso você esteja vendendo em nome de uma empresa, precisará utilizar o Gerenciador de Anúncios do Facebook, em que poderá criar campanhas com uma ferramenta específica.
Nesse caso, você estará criando uma campanha paga que, como tal, tem um alcance superior ao de uma publicação comum.
Como vender no marketplace
Embora o lojista que atua em um marketplace tenha uma série de vantagens e facilidades, é preciso observar certas práticas e procedimentos para obter bons resultados.
A propósito, as plataformas costumam adotar algum rigor ao analisar o perfil do lojista.
Algumas delas, como a Via Varejo, exigem abrangência nacional de distribuição, além de fazer avaliações periódicas de performance.
Confira a seguir o que fazer para vender bem e se manter competitivo, seja qual for a plataforma escolhida.
Faça um plano de negócios
Não é porque sua loja estará em uma plataforma já conhecida que você vai abrir mão de ter o seu próprio planejamento.
Sendo assim, não deixe de montar um plano de negócios no qual você poderá antecipar riscos, prever sua margem de lucro e custos, entre outros aspectos.
Providencie os documentos
A maioria dos marketplaces exige que o lojista já tenha um CNPJ.
Além disso, em boa parte deles devem ser apresentados documentos como:
- Contrato Social
- Alvará de funcionamento
- Comprovante de Inscrição Estadual
- Declaração do regime de tributação
- Consulta ao SINTEGRA – ICMS.
Escolha o marketplace
Ainda que as regras e procedimentos sejam muito parecidos, cada marketplace tem políticas próprias para aceitar e manter lojistas em seus cadastros.
Dessa forma, não deixe de avaliar criteriosamente essas regras, de modo que suas operações se ajustem às restrições que o marketplace apresentar.
Cuide do cadastro de produtos
Uma vez que tenha selecionado a plataforma, é hora de começar a vender.
O primeiro passo a ser dado para isso é cadastrar os produtos no painel de controle da sua área de lojista.
Nele, seus produtos deverão ser listados e, em seguida, exibidos contendo dados como:
- Preço
- Política de frete
- Imagens
- Título e descrição
- Dimensões e peso
- Descrição dos benefícios e funções do produto.
Gerencie suas vendas
A responsabilidade pelas entregas e pós-venda é dividida em um marketplace.
Contudo, cabe a você gerir o seu negócio.
Por isso, não deixe de controlar seu fluxo de caixa, bem como calcular impostos e gerir as notas fiscais que sua loja emitir.
Aliás, esse é um documento que, por lei, deve ser armazenado para possível conferência do fisco por um prazo de cinco anos.
Não menos importante, mantenha uma postura atenta em relação às vendas, principalmente na questão do atendimento.
Divulgue sua loja
Como vimos, no marketplace a concorrência é alta.
Então, para se destacar, você precisará investir em promoções e ações de marketing digital, explorando principalmente redes sociais e anúncios pagos.
Como escolher a melhor plataforma de marketplace?
Embora sejam bastante parecidos em suas funcionalidades, os marketplaces têm diferenças entre si que devem ser consideradas.
A primeira delas é a abrangência, afinal, existem marketplaces de nicho, como os casos da Centauro e da Netshoes, focados em artigos esportivos.
Vale prestar atenção às funcionalidades da plataforma, se ela é atualizada com frequência e se há espaço para o feedback de clientes.
Não menos importante, verifique como é feito o suporte e o atendimento.
Se tiver dúvidas, faça uma pesquisa no Reclame Aqui para conhecer a reputação da empresa.
Além disso, não deixe de conferir se a plataforma permite a personalização das lojas.
Ainda que você esteja aderindo a um modelo pronto, é importante fazer ajustes e adaptações para que o espaço virtual esteja de acordo com o seu público e tipo de produto.
Quanto custa vender em marketplace?
Todos os aspectos acima destacados são muito importantes, mas podem ter o seu peso reduzido ou aumentado em razão das comissões cobradas pelo marketplace.
A maioria deles só cobra do lojista por venda realizada.
Portanto, fique atento à porcentagem a ser retida pela plataforma a cada produto vendido.
Na Shoppe, por exemplo, a comissão é fixa em 12%, com teto de R$ 100.
Já na AliExpress, ela é de 5% ou 8% (sem teto), dependendo do produto.
Como funcionam as entregas em marketplaces?
Destacamos anteriormente que os marketplaces em geral têm uma infraestrutura de entregas, mas em alguns deles é o lojista quem arca com essa parte.
Na Shopee, além de ter que se responsabilizar por postar a encomenda nos Correios, é preciso seguir todo um protocolo na hora de embalar os produtos.
Sendo assim, uma alternativa que você pode considerar desde já é aderir ao modelo de pontos de coleta para reduzir custos e aumentar a eficiência na hora de fazer entregas.
Venda em marketplaces e entregue com a Pegaki
Em toda venda online, incluindo as do formato marketplace, o principal gargalo para o lojista costuma ser o mesmo: o sistema de entregas.
Existe uma solução simples que pode ser revolucionária para o seu negócio, o modelo de pick up points.
Com esse sistema, sua loja aproveita estabelecimentos comerciais já consolidados, que passam a atuar como intermediários entre as transportadoras e o cliente final.
Funciona assim: o cliente faz o pedido no marketplace e pode escolher um ponto de entrega de sua preferência para receber a encomenda.
Em vez de enviá-la para o endereço domiciliar, sua loja manda o produto para o local escolhido, que se responsabiliza pela entrega para o cliente.
A Pegaki trabalha justamente para fazer a ligação entre a sua loja e os estabelecimentos cadastrados para entregas.
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